terça-feira, 14 de julho de 2015

A educação é uma área ligeiramente esquizóide... Passamos temporadas um pouco desencantadas e depois caímos de amores de novo. Os adolescentes que achei um "mistério de Fátima" descobrir como criar vínculo, no fim levei tecidos para fazermos releituras de Arthur Bispo do Rosário, falei de arte terapia eentendi que só fariam improvisações a partir do lúdico, pois reiventavam retalhos como figurinos aos 45 do 2o tempo. Depois soube que disseram à prô de português que eu tinha levado algo bacana pro último dia, ela podia fazer o mesmo. Ainda bem que deu tempo de brincar:
- Gente está acontecendo uma coisa estranha! Ficarei com saudades de vocês...
Na mesma semana a coordenação foi monitorar minha formação nas creches (já tinham me conferido com as professoras em paradas pedagógicas, mas com os pequenos não). Foi numa manhã com os berçários: ela põe a mão na massa como eu - limpamos nariz, amarramos tênis... Já ouvi e soube que estavam aproveitando, soube que está rendendo frutos há algum tempo, mas faz pouco mais de um mês que senti ter encaixado definitivamente neste lugar lúdico infantil: tudo é brincadeira, faço até baterem na sacola das histórias para acordarem os contos e têm dispersado muiiiito menos. Num dos últimos reencontros, os estudantezinhos do maternal foram pedir histórias lá próximo da visitante gestora, achei significativo.
E embalada numa dobradinha de recreio nas férias em colégio particular, contava histórias, mas
depois fazíamos atividades de arte educação. Em três das sessões contei histórias que escolheram dos carrinhos de literatura infantil enquanto outros pintavam, ganhei abraço, pediram colo e uma trouxe a mãe para ver o livro que tinha criado. Eles renovam a nossa fé na vida. Nuns cinco minutos inspirados e encantadinha com os mais novos, estive pensando "nossa eu faria bem com o meu". Estou aqui sentada esperando o delírio passar. Hehe

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