sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Na rede pública...

No Estado de São Paulo descobri que a gente apela mesmo pro: "vamos desenhar" quando não há ideia que os envolva (e olha que na família me chama de "usina de ideias"). Mas com o que me deram depois dos loooongos 50 minutos "pesquei" uma ideia: "ah, eles anda desenham esse funkeiro que morreu tem um bom tempo".
Como meu conhecimento sobre funk é menos dez (apesar da comunidade cantá-lo à exaustão aqui do ladinho de casa), "apurei" com uma professora do Centro Cultural da Penha o que levar para sala sem que eles começassem a dançar até o chão e as mães fossem pedir minha cabeça. É que sempre achei uma sacada professor usar algo do universo passional deles para fazer uma ponte com o conteúdo que ele planejasse trabalhar.

E não é que funcionou? Ao menos receberam animados na Penha, zona leste de São Paulo.


Com esse intuito de politizar, fazer questionar consegui engajar os adolescentes "meio blasê" que encontrei na rede pública paulista. Depois eles me paravam no corredor para saber em que sala ia, quando dizia uma que não era a que o questionador queria ouvia um "aaahhh" e achava impressionante como eles mudam incrivelmente de ideia três dias depois de me esnobar.
A partir desse MC eles improvisaram o aperto do ônibus, o sufoco dos hospitais e por tabela explorarem corpo, voz, que é nossa proposta a partir do teatro.
E tem o aprendizado mútuo não previsto: descobri que muiiitas coisas cantadas pelo MC Daleste nós usamos no começo das passeatas de junho de 2013 pedindo pela continuidade do preço das passagens de ônibus em São Paulo, fim da corrupção, entre outras coisas (antes da "facistada anti partido emergir do esgoto" e tomar a rua que já era ocupada pela militância de diferentes causas muito antes deles a reivindicarem na base da violência).
Sugeri estas postagens para váááárias publicações de educação, mas como brinco (brincadeira tem sempre fundo de verdade): para fazer um trabalho bacana em comunicação "só sequestrando um, exigindo de resgate a vaga dele, despachando o sequestrado para as Ilhas Fuji e tomando a vaga dele após uma negociação bem sucedida". Mas como caí de amores pelo trabalho de cultura de paz na Escola Mandala do centro budista Caminho do Meio em Viamão, "não dou conta disso não".
Quem me conhece vai achar surreal arrumar mais um blog. Só que "enchi os ovários" de aguardar nova paixão culinária para voltar ao Semi Vegana, então esse entra no lugar. Mas não deixa de ser demaaaais tocar o Diário Cênico, Blog Mulherices e Cheiro de Estrela. "Bão", mas quem disse que toco? Escrevo quando a trabalheira deixa, o que é menos do que queria, então perdão por antecipação se der uma de "jornalêra relapsa", já que não sou a comunidadora típica. E pelas buscas que dei via Google, essas páginas também não andam tão frequentadas, então vocês não visitam por atualizar pouco ou eu posto pouco pela falta de visita de vocês? Vai saber, ninguém desvendou o enigma "do ovo e da galinha"...

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